No profundo silêncio da observação, o médium espírita sensitive revela sua maior dádiva: a capacidade de enxergar além do visível. Seus olhos repousam sobre o ser humano como quem contempla uma história ainda não escrita, e, sem palavras, ele lê os sussurros da alma.
Cada gesto, cada olhar, cada suspiro é uma nota dessa melodia interior que o médium decifra com ternura e respeito. Ele não julga, não invade. Apenas sente. A dor que o outro carrega se revela em nuances sutis, como uma folha que dança ao vento, e o médium, com sua percepção espiritual, acolhe essa energia, transformando-a em entendimento.
Nesse estado de quietude, sua mente não analisa; sua alma apenas sente. E ali, no momento em que os véus do humano cedem espaço à verdade do espírito, surge o propósito maior: o ato de doar-se.
Com gestos simples, palavras suaves ou até mesmo com o calor de uma presença sincera, o médium entrega conforto. Ele é como um canal de luz, trazendo à tona a gentileza que cura, o amor que acolhe, e a atitude que transforma. Cada sorriso compartilhado, cada toque de empatia, é uma forma de lembrar àquele ser humano que ele não está só, que existe esperança mesmo nos momentos de maior escuridão.
O médium não precisa ser reconhecido, nem busca aplausos. Sua missão é invisível aos olhos, mas gravada no coração daqueles que recebem sua dádiva. Ele é a ponte que conecta o humano ao divino, um mensageiro de bondade que, no silêncio de sua entrega, cumpre a mais sublime das tarefas: amar.
No comments:
Post a Comment