Quando um espírito desperta espiritualmente, atravessando o véu que separa a carne do espírito, ele morre para o mundo material e renasce no campo da consciência divina. Esse renascimento não é apenas uma transição de estado, mas uma aceitação de responsabilidade sagrada, que se amplia à medida que sua percepção se eleva para os universos espirituais e sagrados.
Despertar é mais do que um privilégio; é um chamado à ação. O espírito que já conhece os caminhos do sagrado tem como missão ler as vibrações e os propósitos impressos nas jornadas dos que ainda não ascenderam. Essa leitura transcende as palavras; ela é feita no silêncio da alma, na observação dos ciclos da existência e na compaixão profunda pelo outro. É como se o universo se tornasse um grande livro aberto, onde cada ser traz escrito em si mesmo o propósito que precisa cumprir.
Nesse contexto, compreender as missões de vida é compreender o próprio fluxo da vida e da morte. A morte física, tão temida e incompreendida por muitos, é vista por aqueles que renasceram no espírito como um ato natural, parte do equilíbrio divino que move toda a criação. Não é um fim, mas uma transição sagrada, como o cair de uma folha que fertiliza a terra para novos ciclos de vida.
Aprender a ler essas missões, incluindo os momentos de partida, é reconhecer que o plano espiritual opera em uma lógica maior, que transcende as limitações humanas. Não cabe ao espírito desperto julgar ou alterar os desígnios divinos, mas sim honrá-los e guiá-los com a luz que carrega. A missão de cada espírito, seja ele menos ou mais evoluído, é sempre parte de um plano maior que interliga todos em uma teia de evolução coletiva.
Portanto, a responsabilidade do espírito desperto é tripla:
Servir como guia para os que ainda caminham em busca da luz, estendendo-lhes compreensão e paciência.
Aceitar a morte e a vida como sagrados movimentos do Criador, sem temor, mas com reverência.
Reconhecer o papel divino de cada ser, pois mesmo os menos evoluídos têm um propósito no grande ciclo cósmico.
Essa responsabilidade não é um peso, mas uma oportunidade de se alinhar ainda mais profundamente com o amor universal. Ser um espírito desperto é viver como um farol, iluminando o caminho para que outros possam ver o que antes estava oculto e, um dia, também despertarem.
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