A vida, como a percebemos, é um véu de ilusões, uma peça teatral onde o palco é a Terra e nós, os atores, interpretamos papéis moldados por experiências e lições. Tudo o que vemos, tocamos e sentimos é transitório, fragmentos de uma realidade que nos desafia a encontrar um propósito maior.
Não estamos aqui por acaso. A cada passo, a cada escolha, somos convidados a mergulhar mais fundo na essência do que realmente somos. Este corpo que carregamos, estas relações que construímos e as situações que enfrentamos são apenas ferramentas. Servem para nos moldar e elevar, como uma pedra bruta lapidada pela sabedoria do tempo.
Outras vidas, vividas em épocas e corpos diferentes, se entrelaçam com a atual, formando uma tapeçaria complexa de aprendizados. Não há separação verdadeira entre o ontem e o hoje, pois somos o somatório de experiências que, mesmo esquecidas, permanecem gravadas na alma.
O maior desafio não é compreender o passado, mas aceitar que estamos aqui para evoluir. É a aceitação que dissolve o peso da ilusão. Saber que a dor e a alegria, o sucesso e o fracasso, são parte de uma jornada divina nos ensina a viver com leveza. Cada passo consciente nos aproxima de nossa verdadeira casa: um estado de plenitude espiritual.
Aprender a viver é deixar o orgulho de lado, perdoar o que nos feriu e amar sem restrições. Quando aceitamos que tudo é aprendizado, o fardo da existência se torna mais leve. O coração se abre para compreender que o outro é um espelho e que a verdadeira evolução está na moralidade, na bondade e na busca pelo bem comum.
Ao final, retornaremos para casa – para a essência do que somos. E ao cruzar o limiar entre a ilusão e a realidade, compreenderemos que nunca estivemos sozinhos. Tudo sempre foi amor, e cada vida vivida foi apenas um degrau rumo à plenitude eterna.
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