Quero apenas ser um sorriso,
acreditar no desacreditado.
Ser o princípio humilde, mas sincero,
diferente, mas genuíno.
Quero sair desta humanidade sem união,
que vive um dilúvio velado,
sem perceber as ondas que a consomem.
Ondas dos enlatados que alimentam corpos,
mas não almas;
das desuniões que destroem laços
e constroem muros de egoísmo.
Comunidades desfeitas,
substituídas por ilusões de individualidade.
O dilúvio que Jesus anunciou,
há muito chegou,
mas a humanidade insiste em não compreender.
Eu não sou parte desse viver.
Acredito em um mundo melhor,
um mundo sem monstros,
plantado em sorrisos verdadeiros,
regado por corações cheios de amor
e enraizado na caridade.
Sou essa vida. Sou essa realidade.
Quero sorrir, dar amor,
amar sem nada pedir.
Quero sentir a dor de Deus,
essa dor silenciosa,
de quem observa e não pode intervir.
E, mesmo assim, sorrir.
Ser fé, ser esperança,
ser a diferença
no meio da indiferença.
Quero ser o que desejo ser:
a originalidade do amor,
um coração pleno,
que ama sem precisar ser amado,
nesta humanidade desamparada,
destituída de si mesma,
enganada pelos próprios caminhos.
Sorrir. Acreditar.
Pois a última palavra
não pertence ao homem,
mas a Deus.
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