Olho para o horizonte sabendo que o fim se aproxima, mas meu coração não teme. Não porque sou forte, mas porque sei que Deus é maior do que a minha existência. Cada batida do meu coração é um louvor, cada pensamento, uma prece. Não há espaço para desespero quando o espírito está repleto de fé.
Eu vivi, errei, tropecei tantas vezes. Se falhei, foi porque escolhi caminhos que não ouviam a voz do Alto. Nunca culpei a vida, nem o destino, nem outros. A culpa, essa sempre foi minha companheira silenciosa, me mostrando o peso das minhas escolhas. Mas em vez de me destruir, ela me ensinou.
Deus nunca me abandonou, mesmo quando eu me perdia em atalhos sombrios. Sua luz esteve lá, esperando que eu voltasse. E quando enfim enxerguei, aprendi o que significa amar sem limites, sem condições. Amar a Deus mais do que a mim mesmo é o ato mais puro de rendição.
Agora, diante da morte, não vejo um fim. Vejo um retorno. Sei que o corpo enfraquece, mas o espírito é eterno. Encaro o inevitável com dignidade, pois a fé me faz caminhar sem medo. Deus me acolhe com Sua bondade, e isso é suficiente.
Se existe algo que levarei comigo, é o aprendizado. Cada erro, cada lágrima e cada arrependimento serviram para moldar minha alma. Eu não sou um mártir, sou um humano em busca de redenção. E a cada passo, a certeza cresce: amar a Deus é mais que um dever, é o que me torna pleno.
Que minha morte seja uma entrega, assim como minha vida deveria ter sido desde o início. Porque amar a Deus mais que a mim mesmo é confiar que, no fim, tudo se transformará em luz.
No comments:
Post a Comment